segunda-feira, 26 de maio de 2008
O pássaro do poente
O texto “O pássaro do poente”, baseado em uma lenda japonesa conta a história de um jovem caçador, não muito apaixonado pela caça, que um dia salva um pássaro atingido por ele mesmo.
Logo, recebe a visita de uma bela mulher, pedindo-lhe abrigo. Com seu bom coração, não somente acolhe, como se apaixona e casa com ela.
Para ajudar, ela tece belíssimos mantos, que são vendidos a preços muito altos, tornando o rapaz um rico, desejoso de cada vez mais mantos, até a exaustão da moça.
Mas um dia, cansada, essa moça, voa para o céu, deixando só o rapaz e revelando-se a ele, aquele pássaro que um dia ele salvou.
CONCEPÇÃO DE FIGURINO E COLEÇÃO BASEADOS NO TEXTO
sexta-feira, 23 de maio de 2008
quarta-feira, 21 de maio de 2008
HIQUE - PRIMAVERA / VERÃO 2009
sexta-feira, 16 de maio de 2008
HIQUE - PRIMAVERA/VERÃO 2009
segunda-feira, 12 de maio de 2008
HIQUE - PRIMAVERA/VERÃO 2009
O Candomblé, culto dos orixás, é uma das heranças do povo africano trazida ao Brasil com os escravos. Tem como base o culto ás forças da natureza, energias, orixás.
Hoje, aproximadamente 3 milhões de brasileiros tem o candomblé como sua religião, e de forma interessante, de todas classe sociais e etnias. Mesmo sendo alvo de preconceito, exclusão social, e condenação da igreja.
Os escravos brasileiros pertenciam a diversos grupos étnicos, principalmente os Yorubá, e desenvolveram-se outras divisões nas regiões do país, diferindo nos cultos, nos orixás, nos cânticos e rituais, havendo detalhes diferente para o mesmo orixá, de acordo com o local do culto.
Mesmo que o candomblé apresente o culto a vários deuses, na verdade é uma religião monoteísta, já que o senhor dos orixás é Olorum, na maioria dos cultos baseados na origem Yorubá.
Cada orixá apresenta sua particularidade: personalidades, habilidades e preferências rituais.
Cada pessoa é escolhida por um orixá ao nascer, carregando em sua vida as influências desta personalidade.
E nesta coleção, o homem tem espaço para sua personalidade: seu gosto pessoal, um acessório que o diferencie, o mix de informação.
O orixá Ewa.
Assim como Iemanjá e Oxum, Ewa é uma divindade feminina das águas, ás vezes conhecida como esposa de Oxumaré e pertencendo á ela a faixa branca do arco-íris.
Está ligada, ás matas, rios, riachos; também é associada á serpente Dan, símbolo do ciclo, do reinício, por que morde a própria cauda formando um círculo.
O homem da coleção Ewa, é forte e guerreiro como ela; o orixá feminino, mostrado na figura masculina.
O guerreiro de Ewá, impõe o homem negro e conquista a liberdade.
O orixá também remete á pureza e virgindade; o homem da coleção é bem jovem.
Os filhos deste orixá são belos, vaidosos, vistosos.
O homem de Ewá, tem inspiração na beleza masculina rude trazida pelos rappers americanos, mas também na classe da blck music dos anos 70.
quinta-feira, 8 de maio de 2008
quarta-feira, 30 de abril de 2008
Os cavaleiros forma os homens que conseguiram prestígio, poder, favores, proteção, respeito e fama nos tempos medievais...o cavaleiro era profissional, soldado, médico, mensageiro e podia ser o monstro, o assassino, o ladrão.
Era hábil nas armas, no arco, na espada, na lança e paralelamente, na palavra, na poesia, no canto...
A imagem conquistadora do homem forte e sensível ao mesmo tempo.
domingo, 20 de abril de 2008
OUTONO - INVERNO 2009
Homens, cavaleiros, que não se satisfazem em servir unicamente a seus senhores, defender castelos e feudos, batalhar pelos propósitos alheios!
Esta coleção propõe este universo, independente de localização cronológica.
O homem que segue regras e vive sob um código de conduta, decide que sua curiosidade e seus anseios podem levar-lhe a outros reinos... este homem busca modernidade, novos cortes, novas proporções, maior possibilidade de movimento, conforto e adequar-se ás diferentes temperaturas com peças combináveis.
Ele se inspira no que vê, naqueles que não viviam como ele, recebendo as influências das outras culturas e integrando ao que veste.
CRIAÇÃO
O que me inspirou primeiramente para a base do visual, foram os cavaleiros medievais e feudais, sem ligações diretas com ideais religiosos, mas que carregam internamente a fé, presente nas figuras da cruz.
A saia está presente em todos os looks, por quê o homem da coleção não conhece o preconceito; a praticidade, a inovação e um pouco de ousadia se sobrepõem á opinião dos outros!
Casacos lhe abrigam no tempo frio, mas por baixo, camisetas básicas, coletes e camisas leves que lhes conservam a seriedade: a sensualidade deste homem está em seu porte e sua atitude.
As cores vêm primeiramente dos tecidos crus que estão acostumados a trabalhar, mas conforme vê os modelos que os outros usam, admite cores mais á mostra, nas camisetas e até nas saias.
O quadro de referências vêm das pinturas e representações antigas dos cavaleiros, armaduras, artistas que também representam ousadia, como Jim Morrison da banda The doors, desfiles recentes de marcas nacionais como Ellus, Cavalera, Osklen entre outras, e internacionais.
quarta-feira, 16 de abril de 2008
segunda-feira, 14 de abril de 2008
Já viu homem de saia, bem?
Proposta: trazer o guarda roupa feminino para o masculino
(Chanel fez ao contrário).
Imagina um cavaleiro sem paciência para servir a um castelo.Um Rei.Um senhor.Um feudo.
Esse quer mais, quer o mundo e quer atenção.
terça-feira, 1 de abril de 2008
domingo, 30 de março de 2008
sexta-feira, 21 de março de 2008
E ainda por cima, tenho alergia ao movimento. Brincadeira, mas é o que parece. Me fizeram perceber que não tenho controle sobre a expansão de energia do meu corpo, durante a sagrada arte de dança, o que interfere no meu equilíbrio, a ponto de me causar tanto desconforto, angústia e quase querer desistir, ao mesmo tempo que meu espírito clama pela suavidade do deslizar sobre a não forma do ar... Semana de angústias, essa. O que me fez tomar decisões, as quais não há nenhuma garantia de que sejam duradouras.
terça-feira, 18 de março de 2008
A mesma ladainha.
Quando ouço, Fade to grey, do Visage, tenho vontade de ser fashion.
Nada como uma passada no Bom Retiro, para atiçar nosso espírito consumista e fashionista.
Vitrines muito bonitas, me senti nos Jardins, muita coisa nova, graça a Deus acabou aquele festival de geometrias e estampas de azulejos de cozinhas setentistas.
Vejo muito glamour em dourados á lá D&G, preto e branco em casaquinhos, cintos e coletes á lá Chanel, tudo á lá.
Que vontade de chegar em casa e sair preenchendo folhas e folhas de sulfite com as diversas imagens que me vieram á cabeça. Olha o desejo aí de novo.
O que será que eu tenho contra uma folha de papel em branco?
Continuo meu manifesto anti-desenho iniciado ontem.
Não quero saber, as imagens me sufocam, como já tenho bronquite, não quero mais nada que me sufoque.
Vontade quase incontrolável de criar um look. Pensei num homem de calça marrom-claro, barra comprida por cima de um tênis bege, um agasalho preto, estilo moleton de zíper, bolsos frontais, alguma estampa pequena nas costas.
Ta vendo não preciso fazer o desenho, você já montou seu look, na sua cabeça. Eu insisto, desenhar é uma manifestação primitiva dos nossos impulsos criativos originados na mente espiritual, mas no mundo da matéria preciso me servir de um corpo dotado de mãos que possam realizar o trabalho pra mim.
Minha mente é mais rápida, até o desenho chegar na mão, eu já acabei na cabeça.
Depois de anos em luta com folhas de papel monstruosamente em branco, acabei mesmo percebendo que desenho não é o canal exato para a expressão do meu pensamento.
A palavra sempre foi minha amiga. O desenho foi meu adversário. A palavra era minha ferramenta. O desenho, meu vilão.
Tentei decifrá-lo, mas tudo que consegui foi me perceber indecifrável.
Não é muito mais bonito o jogo de sons que transmitem uma idéia e levam seu pensamento, suas emoções a lugares surpreendentes? A palavra tem o dom de criar qualquer desenho em nossa mente. Ilimitada. Uma folha de papel só comporta um desenho por vez
Por exemplo: vou lhe sugerir uma palavra.
Praia.
Viu? Imediatamente, sua imaginação criou uma imagem de uma praia com o toque da sua própria criatividade.
Pronto, acabo de descobrir que perdi o controle sobre as imagens de novo. Eu não sei como é a praia que você pensou...
Mas vou ter que me acostumar.
Gostava da idéia de dominação sobre a criação, a forma é minha, a cor é minha, eu desenho e faço o que eu quiser com uma imagem. Se usar uma palavra, posso exprimir exatamente o que quero. Mas a imagem em sua mente, não posso saber.
Mas fica aí o registro. De que entendi que sempre tive uma amiga ao meu lado a qual eu compreendo e serve á minha vontade, mas sempre gostei de andar com o menino mal, que não me deixava manipulá-lo, mas era dominado por ele.
Interessante, como pensamos que uma coisa é uma coisa, depois ela não é mais. Pior quando achamos que ela nunca foi, mas não temos certeza. Horrível viver na incerteza.